Em comemoração aos 50 anos da Seção Braille, a Fundação Cultural do Pará (FCP) realizou uma roda de conversa para falar sobre os desafios de garantir a inclusão social de pessoas com deficiência visual. O bate-papo reuniu diversos parceiros da FCP no auditório Aloysio Chaves, no Centur para falar sobre o papel das Instituições Públicas no Processo de Inclusão Educacional.
Na roda de conversa, os participantes puderam escutar os projetos que os órgãos municipais, estaduais e particulares têm a oferecer para pessoas com deficiência visual. Entre os parceiros presentes estão a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFPA), Universidade Federal do Pará (UFPA), a Associação de Cegos de Belém, o Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie), entre outros.
No bate-papo houve diversas perguntas e agradecimentos, um deles foi do Rosivaldo Rodrigues, participante da Rádio Açaí FM, que agradeceu as entidades presentes por tentar ajudar as pessoas com deficiência. “Fico feliz em ter novamente esse encontro com as entidades que, através delas, me devolveram a minha vida educacional. Não falo só por mim, mas pelos outros que estamos felizes quando profissionais dessa área, estão engajados na nossa questão social. Queria agradecer a vocês por se dedicarem a abrir caminhos para as pessoas com deficiência visual.”, disse Reginaldo.
Luana Pereira é professora do Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie) e participa da Associação de Cegos de Belém, e fala sobre os desafios de cuidar de uma criança com deficiência visual e como o Crie criou um espaço para elas . “Sabemos que crianças com deficiência física é mais complicado para poder sair, tem toda uma logística, mas nosso projeto é para possibilitar que as crianças tenham vivências culturais e educacionais”.
Dailton Conceição, pedagogo da Seção Braille da Biblioteca Pública Arthur Vianna, fala das parcerias da FCP e outras instituições. “Essas parceiras já existem, a gente já tem um trabalho com todas as entidades que estão aqui presentes, esperamos que a gente possa ter por muitos anos para que essa parceria possa continuar”, diz o pedagogo.
“A parceria não é só de mão única, é sempre de mão dupla, para fazermos o melhor para que todos tenham acesso a uma educação de qualidade. As associações presentes são o produto, de onde nós tiramos nosso público, de onde nós temos as pessoas que necessitam desse atendimento que é tão necessário e fundamental”, finaliza Dailton.
50 anos do Braille- A Seção Braille da Biblioteca Pública Arthur Vianna (BPAV) completou 50 anos no dia 20 de novembro. A seção fica no segundo andar do Centur, na avenida Gentil Bittencourt, no bairro de Nazaré, em Belém, e é aberta ao público de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 18h.
São diversos serviços disponíveis para as pessoas com diferentes graus de deficiência visual, entre eles estão: empréstimo de livros e periódicos em Braille, assim como livros falados, cabine adaptada de computadores com acesso à internet e sintetizadores de voz que permitem às pessoas cegas o acesso independente, digitalização de textos, leitura oral, impressões em braille, dentre outros.
Texto: Jhullyele Santos - Ascom/ FCP