Crianças do Projeto Socorrista Mirim, do bairro Decouville, em Marituba, participaram de uma atividade educativa no Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia na quinta-feira (28). O local é uma Unidade de Conservação (UC) gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). A visita faz parte do projeto “Teatro na Floresta”, promovido pelo Instituto Amigos da Floresta Amazônica (Asflora), com incentivo da Lei Aldir Blanc.
Durante a atividade as crianças tiveram a oportunidade de aprender sobre a importância da preservação ambiental e o impacto do descarte inadequado de resíduos nos igarapés e florestas. O aprendizado foi conduzido de forma lúdica, com o uso de personagens como a Ararajuba e a Caipora, que ensinaram conceitos sobre sustentabilidade, reflorestamento e a conservação da fauna e flora local.
“Nosso objetivo é despertar nas crianças o senso de responsabilidade ambiental de maneira prática e divertida. Acreditamos que esse tipo de atividade pode transformar futuros comportamentos e garantir um legado positivo para o meio ambiente”, destacou Josiane Mattos, diretora social do Instituto Asflora.
Aprendizagem -Após percorrer a Trilha da Seringueira e explorar questões ambientais, as crianças participaram de uma oficina prática de primeiros socorros com o instrutor Israel Sousa, da Escola Americana de Cirurgiões. Durante a simulação, aprenderam técnicas básicas de hemostasia, como o controle de hemorragias externas. “Hoje foi plantada uma semente que dará frutos. O futuro agradece iniciativas como essa”, afirmou.
Um dos participantes do Projeto Socorrista Mirim, destacou a relevância do aprendizado em sua rotina. “Nós aprendemos coisas que podem salvar vidas, como socorrer alguém em caso de incêndio ou desmaio. Enquanto outros colegas ficam sem fazer nada, nós estamos aprendendo algo importante para o nosso futuro e para ajudar quem precisa”, disse o jovem.
A iniciativa é a terceira apresentação do projeto “Teatro na Floresta” no município de Marituba e tem como propósito engajar escolas e projetos sociais no trabalho de conscientização ambiental e cidadania. Para o gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio, Júlio Meyer, ações como essa fortalecem a educação ambiental e o papel das UCs. “O Refúgio Metrópole da Amazônia é um espaço de aprendizagem e conservação. Receber crianças aqui é uma oportunidade de transmitir a importância das unidades de conservação para o equilíbrio ambiental e para o bem-estar das futuras gerações.”
O teatro também abordou a reintrodução da ararajuba na Região Metropolitana de Belém e a importância dos viveiros florestais para a regeneração do ecossistema. A interação dos personagens com os participantes promoveu reflexões sobre práticas sustentáveis e o uso consciente das mídias sociais para a disseminação de mensagens ambientais.
“O Refúgio da Amazônia é um exemplo de como as UCs podem ser ferramentas de transformação social e ambiental. Com atividades como essa, unimos educação, cultura e conservação, fortalecendo o vínculo da comunidade com a natureza”, concluiu Júlio Meyer.