O Governo do Piauí, por meio da Agespisa assinou nesta quinta-feira (01.05) a ordem para início das obras de ampliação do abastecimento de água em Tanque do Piauí, no entanto se trata de fato não de ampliação mas sim de retomada, tendo e vista que desde de o ano de 2009 a mesma se encontra parada, além de no momento a ordem se referir apenas a abastecimento de agua quando que o projeto original era de agua e esgoto no âmbito do Programa de Saúde e Saneamento Básico na Área Rural do Piauí - PROSAR/PI, tendo sido investido de 2004 a 2010 recursos na ordem de quase 4 milhões de reais, e como é sabido por todos que a maioria das obras deste vintenário governo que ai estar, mais parece a construção da igreja do horto. São obras que ultrapassam décadas e somente se retoma em véspera de eleições, onde abre-se o canteiro e depois fica o senário e os atores desaparecem até um ensaio de nova retomada por ocasião de nova eleição.
Esta obra é resultante de uma cooperação financeira oficial Brasil/Alemanha por meio de um contrato estabelecido entre Kreditanstalt für Wiederaufbua - Kfw (agente financiador) e o ministério da saúde (mutuário), sendo a secretaria de saúde do estado do Piauí - SESAPI era a responsável pela execução; o programa de saúde e saneamento básico na área rural do Piauí - PROSAR-PI, teve início 2003 obras iniciadas em 2004. O município, seria o único do estado do Piauí a contar com zona urbana assistida em 100% por saneamento básico.
De acordo com o projeto inicial, todas as residências da pequena urbe disporiam de água potável e esgoto tratado. Isso poria fim ao sofrimento da população que enfrenta sérias dificuldades com o abastecimento d'água.
Após duas retomadas a obra foi parada em 2010 e desde então nada foi feito a não ser muitas promessas, ensaios, encaminhamentos, peregrinação com um longo caminho e incertezas, passando por diversos órgãos, prosar, Secretarias de Saúde, das cidades, Instituto das Aguas, Agespisa e agora vem uma retomada como se fosse ampliação e melhoria de um sistema até então inexistente e que os próprios gestores dos órgãos estaduais negam a existência de documento que indique a real situação da obra, contudo se sabe que o estado durante os anos de 2004 a 2010 cerca de 4 milhões de reais foram gastos na obra e o resultado são quilômetros de encanações perdidas, materiais desperdiçados e lagoas de tratamento sendo utilizadas como campinho de futebol.
A concessão do sistema ao estado através da Lei Municipal nº 106, de 24 de novembro de 2003 já vai fazer seu décimo nono aniversário e ainda não foi possível pelo curto tempo o estado assumir de fato o sistema que completaria em 2023 20 anos ou seja duas décadas de existência, pela irresponsabilidade governamental hoje percebe-se os prejuízos causado pelo descaso para com a cidade e seu povo.
Em 2012 o município perdeu cerca de quase 2 milhões da Funasa destinado a ampliação do sistema, em virtude das falhar do projeto e de não ter sido concluído e que a finca não ampliaria uma a época e hoje sistema inexistente, como propõe e licita o estado ampliar o que não existe, para não assumir o seu próprio erro, e de fato encarar a situação como deve para de fato resolver o problema não só de água, mas também de esgotamento sanitário, em respeito ao povo tanquense que tanto merece.